O trecho do Evangelho lido nesse domingo (Lc 6, 39-45), em milhares de comunidades do mundo, vem a calhar.
Mais que uma religião, o cristianismo é uma orientação de prática de vida. Aqui, Jesus Cristo dá ótimas dicas para quem quer ser coerente, autêntico, justo e pacifista. Propõe atitudes para que possamos crescer como gente:
– antes de apontar o cisco no olho dos outros, reparar no que está no nosso (ter autocrítica, reconhecer nossos próprios erros; isso vale também para governantes que provocam ou ordenam guerras sangrentas, uns praticando o expansionismo militarista real que condenam nos outros, e, do conforto de seus tronos, levando sofrimento e morte à população civil)
– entender que ninguém sabe tudo, e que um dia o aluno compreenderá tanto quanto o professor (“não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes”, disse, 20 séculos depois, o cristão socialista Paulo Freire)
– ser “árvore boa”, dando frutos para a coletividade de acordo com nossas possibilidades, sempre no empenho para florescer e frutificar
– saber que todos temos um “depósito” em nosso coração: quem cultiva nele o Bem tira dele bons frutos: “a boca fala do que o coração está cheio” (v. 45). Ou, como atualizou frei Betto, “a cabeça pensa onde os pés pisam”.
“É maduro o nosso amor, fruta boa, coração é o quintal da pessoa” (Fernando Brant/M. Nascimento). Que frutos saborosos temos dado nessa vida? (foto internet, pinterest)