ÁRVORE DA VIDA (Breve reflexão para cristãos ou não)

Jesus viveu numa sociedade predominantemente rural, em região sob o domínio do Império Romano e da escravidão. Por isso sua pregação foi marcada por aproximações da vida humana com a natureza e por contestação da opressão.

Na leitura de hoje (Jo, 15, 1-8), que chega a milhões pelo mundo, a comparação é com uma videira, uma parreira. De uma beleza e uma clareza vegetais, verdes, florescentes, frutificantes! Jesus foi um precursor da percepção ecológica e igualitária do mundo.

Somos, cada um(a), galhos e ramos da eterna Árvore da Vida, cuidada por Deus, agricultor/jardineiro amoroso. Às vezes, é preciso uma “poda”. Ela assusta e é doída. Mas, entendida com sabedoria e fé (não resignação!), pode nos ajudar a prosseguir com mais força, e gerarmos mais frutos. Os inevitáveis percalços e dores do caminho devem nos ensinar humildade e superação.

Essa percepção de que somos todos nutridos pela mesma seiva vital, a Energia Primeira, Cósmica, Eterna, nos leva ao reconhecimento da igualdade entre os seres humanos, e ao compromisso de luta por oportunidades para que tod@s possam florescer e frutificar.

Os campos generosos do Criador, onde a Humanidade está cultivada, andam mal repartidos, envenenados, secos pela injustiça estrutural, pelos agrotóxicos e pelo modo cruel, individualista e predatório de produzir, distribuir e consumir.

Que videira é essa tão inimiga da vida plena? Como temos administrado o que recebemos, para que surjam tantos galhos ressecados, que nada produzem, só servindo para ir ao fogo?

A mensagem desse domingo é desafiadora e integradora: “o ramo que não fica unido à videira não dá fruto”. Qual é nossa videira, a nossa seiva? O que nos tem ressecado? O que dá alento, ânimo e esperança verdejante à nossa existência?

“Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira” (Cecília Meireles – 1901-1964)

Compartilhe:

Facebook
WhatsApp
Twitter
Telegram
Email

Leia também:

gdqzzgcwiaak9ki

TUDO SOBRE O GOLPE!

Leia todas as informações sobre as tratativas do golpe, a partir das quase 900 páginas do relatório da PF.

Rolar para cima