UM VEREADOR ACUSADO DE INFANTICÍDIO!

O vereador Jairinho – que não chamo de “doutor” por nunca ter exercido a profissão -, 44 anos, recebeu 16 mil votos para ter seu 5º mandato na Câmara do Rio. Foi o 16º mais votado da Cidade.

Com trajetória típica de político tradicional, sempre “de bem” com o governante de plantão, transitou por vários partidos, como PSC e MDB, estando agora no Solidariedade.

Era influente nas cúpulas do poder do Rio de Janeiro. Tanto nas administrações anteriores do prefeito Eduardo Paes quanto na de Crivella, do qual foi líder. Tudo indica que conseguiu colocar sua atual companheira (cúmplice?) em alto cargo comissionado do Tribunal de Contas do Município.

Este é o padrão da política dominante no Brasil: o objetivo maior é a reprodução de mandatos, com seu status e privilégios, e a manutenção da “ordem” estabelecida. Não poucas vezes busca-se a imunidade da função para se obter impunidade: é a “gangsterização” da política. República miliciana.

Não conheci Jairo pessoalmente – não apareceu nas sessões da Câmara do Rio desde o início do ano legislativo – mas soube que era “jeitoso”, “cordato”, sempre com a indumentária alinhada.

A sabedoria popular alerta: as aparências enganam, quem vê cara não vê coração…

O Solidariedade, seu partido, cujo nome se choca com as práticas que são imputadas a seu parlamentar (pra lamentar), já fez sua parte, afastando Jairo Souza Santos Júnior de seus quadros.

Lembre-se que ele foi eleito membro do Conselho de Ética, em 4 de março, antes do caso tenebroso em que está envolvido ter acontecido. Postulou entrar no colegiado mas, depois, não cumpriu o dever ético de informar a seus pares o que tinha acontecido, mesmo na sua versão – que agora desmorona.

A Câmara Municipal do Rio precisa afastar Jairo imediatamente. Se o seu Regimento – sempre com proteções corporativistas – não permitir, que a Justiça se pronuncie. Nesse caso, nós a provocaremos.

Alguém sobre quem pesam “provas robustas” de prática de um crime hediondo como esse que tirou a vida do pequeno Henry – como afirmou o delegado que dirigiu as investigações, que prosseguem – não pode continuar exercendo mandato público, como se nada houvesse acontecido.

O PSOL fará tudo o que for cabível para que essa decisão óbvia seja efetivada.

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