VEM, ESPÍRITO SANTO!

Autore: don Enrico Banchini (contatta l'autore)

Hoje é domingo de Pentecostes (50 dias após a Páscoa da Ressurreição de Jesus).

No relato de João (20, 19-23), o Mestre aparece na sala onde estavam seus discípulos, trancados, amedrontados, tristes e desanimados.

E lhes deseja a Paz, por duas vezes. E sopra, suave e terno, sobre cada um: “recebam o Espírito Santo!”. E lhes envia em missão, para que, abrindo portas e janelas, saiam ao mundo e renovem a face da terra.

“É uma luz que chega de repente, qual refulgir de uma estrela cadente, que acende a mente e o coração” – cantam João Nogueira (1941-2000) e Paulo Cesar Pinheiro.

Somos tod@s “pentecostais”, isto é, capazes de inspiração, de ver o invisível, de sentir que “existe uma força maior que nos guia”. A arte ilumina, comove e ajuda.

Somos tod@s “missionários”, isto é, promotores, junto aos semelhantes, de atitudes de justiça, cuidado (para com toda a Criação), saúde física e mental e solidariedade (como acontece agora frente ao flagelo do Rio Grande do Sul, pelas pessoas e pelo poder público, exceto os egoístas e negacionistas).

Vida é transpiração, trabalho, “ralação”. Mas precisa da inspiração, do que dá “alma”, sentido e alegria. Exige entusiasmo (Deus dentro da gente).

Que o Espírito Santo, representado pela pomba da paz – a mesma que apareceu a Noé, ao fim do dilúvio, indicando que a vida prevaleceria – e pelas línguas de fogo, nos ilumine, motive e guarde!

Há meio século, um jovem compositor, Sidney Miller (1945-1980), pedia para seus versos passarem “como o vento que sopra” e “correr entre as línguas de fogo”. E indagava, inspirado: “pra onde vai o som/ depois que o escutamos? Pra onde vai a voz que vem de nós/ pra onde vamos?”.

O Espírito sopra onde quer e quando quer, mas só abertos à sua infusão caminhamos rumo ao bom, ao belo, ao bem viver.

Por essa necessidade espiritual e real rezamos/oramos, pedimos, festejamos (as festas populares do Divino são lindas, Brasil a dentro).

Compartilhe:

Facebook
WhatsApp
Twitter
Telegram
Email

Leia também:

São Pedro e São Paulo - El Greco (1541-1614) A conversão de Paulo - Caravaggio (1571-1610)

PEDRO, PAULO E NÓS

Neste domingo celebra-se a festa de São Pedro e São Paulo, apóstolos pilares do cristianismo.
Pedro e Paulo, tão diferentes. Pedro, rude e franco pescador. Paulo, estudioso escudeiro da lei judaica.
Pedro e Paulo, tão iguais: um nega Cristo três vezes, outro persegue centenas de cristãos.

Cristo na tempestade no Mar da Galiléia (por Rembrandt van Rijn)

SERENIDADE NA TORMENTA

O Evangelho lido hoje em milhares de comunidades de fé do mundo (Marcos 4, 35-41) mostra um Jesus “zen”, leve em meio ao peso do mundo. Dormindo na frágil embarcação sobre ondas revoltas.
Lição de vida nesse universo de temores, incertezas e ansiedades em que navegamos.

Fotos de Eduardo Ribeiro (horta em Santa Rosa de Viterbo/SP) e Igor Amaro (praça em Angra dos Reis/RJ)

SER SEMENTE, SOMENTE

Como Jesus explicava bem as coisas! No evangelho lido neste domingo em milhares de comunidades de fé pelo mundo (Marcos, 4, 26-34), o Mestre usa comparações bem compreensíveis (parábolas) para a multidão que queria ouví-lo.

Rolar para cima