Esse primeiro domingo do ano é o da Epifania. A palavra, do grego, quer dizer “manifestação”/”revelação”.
No Evangelho de Mateus (2, 1-12) é relatado o lindo encontro dos magos do Oriente com o Menino Jesus. Episódio cantado em prosa e verso na tradição popular das Folias de Reis.
E para nós, na permanente busca do nosso oriente interno, o que essa Epifania indica?
Da leitura do Evangelho, somos chamados a tomar cinco atitudes:
1) estar atentos aos sinais da natureza – que reage à destruição e aponta caminhos, clamando por posturas de integração e restauração;
2) olhar para o alto, superando a visão rasteira e imediatista do mundo das coisas (todo céu estrelado nos ajuda a pensar grande, cosmicamente);
3) encantarmo-nos com o que é de fato grandioso no universo, seja a imensidão do mar ou a plantinha baldia do caminho. E, sobretudo, reverenciarmos o ser humano, divinizado na Eterna Criança, com potencial – tantas vezes negado – para o bom, o belo e o justo;
4) darmos a devida importância ao que não tem “valor de mercado” e/ou aparência suntuosa: “e tu, Belém, não és de nenhum modo a menor dentre as cidades de Judá, pois de ti sairá o condutor de todo o povo”;
5) caminharmos sempre, sem nos deixar enganar pela sedução dos Herodes de hoje, que nos “desorientam” por caminhos de destruição e morte. Saber mudar de rumo quando necessário.
“E assim como os três reis magos/ descobriram a estrela guia/ a bandeira segue em frente/atrás de melhores dias!” (Ivan Lins e Vítor Martins).
Sigamos!
(Pink frog/Getty Images)