CÁ E LÁ (Brasil afunda, sob céu cinzento; Chile emerge, na claridade)

Aqui, desde 2019, o absurdo cotidiano. Os de agora: ameaças de morte dos bolsocrentes do ódio aos técnicos da Anvisa, negação da vacina, general-ministro dizendo que precisa tomar Lexotan na veia para acalmar seu chefe e não detonar o STF. “Ripa” no Iphan. Natal com fome para milhões e corrosão da solidariedade. 617.838 mortos por Covid.

Enquanto isso, quase 6 bilhões para o Fundão Eleitoral e o “rachuncho” corrupto das emendas orçamentárias eleitoreiras para os apaniguados do Centrão e do governo (ainda bem que o PSOL foi um dos 5 partidos que não recebeu um tostão!).

E o presidente da República, que não gosta do trabalho, já em férias natalinas no litoral paulista, às nossas custas. Cartão corporativo de milhões para gastos pessoais da família presidencial, pagos pelo contribuinte, sem qualquer transparência.

No outro lado da América do Sul, o Chile correu o risco de cair nesse engodo e horror, com o candidato Kast – da casta de extrema-direita – no 2º turno da eleição presidencial. Mas deu Gabriel Boric, da esquerda democrática (Frente Ampla da coalizão “Aprovo Dignidade”), que teve a maior votação da história do país, e uma diferença de 12 pontos em relação ao adversário (o voto não é obrigatório).

“Que nunca mais tenhamos um presidente que declare guerra ao seu próprio povo”, disse Boric, diante de uma multidão que se reuniu para comemorar a vitória.

Que os ventos suaves, “calientes” e esperançosos do Pacífico soprem até o Atlântico em 2022, para que nos livremos de tanto mal. Amém.

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