Era assim que Monarco, 88 anos, nascido Hildemar Diniz, imaginava o fim de sua linda caminhada terrena. Com serenidade e bom humor (uma característica sua), mencionava o convite do “Mestre”: “sei que vou morrer, mas não vou procurar sarna pra me coçar antes da hora. Só no dia que Ele me disser…”
E o dia chegou – como chegará para todos nós. A “irmã morte corporal”, que deixa nos que ficam tristeza e saudade, encontrou em Monarco uma vida rica em arte e criação, um “passado de glória” e um coração generoso (mesmo às vezes “em desalinho”).
Ao Marcos, ao Mauro, seus filhos, e Juliana, neta, que herdaram do “patriarca” o amor à música, à D. Olinda e tod@s os demais netinhos e parentes, solidariedade e afeto.
Monarco sempre foi jovial, com seu vozeirão, que aliava à qualidade na execução do cavaco e da percussão. Jovialidade que esbanjava inclusive na sua Velha Guarda da Portela, que liderou com maestria.
Quem via Monarco no palco, na quadra, na roda de samba, sentia a verdade da sua afirmação: “cantar é a maior alegria da minha vida”.Felizes o(a)s que podem dizer isso, pois quem canta os males espanta. E, como dizia Santo Agostinho, “reza em dobro”.
Vai, Grande Monarco, pega esse último trem! Vai vadiar na Eternidade, em companhia de Nelson Sargento, dos Wilsons (das Neves e Moreira), do Ubirany, da Beth. De Elton, de Dona Ivone, de Almir, de Acyr. De Clara, Paulo, Tantinho e tantos outr@s que estão no azul e branco do céu multicor, onde não há mais dor. Monarco, baluarte da “monarquia” da alegria, você cumpriu!