O fato (trágico) e o ato (positivo) ocorreram na tarde dessa sexta-feira, 5 de novembro de 2021. Seus personagens centrais são duas mulheres brasileiras.
Marília, com seu “feminejo”, comovia multidões que hoje choram seu silêncio, a perda tão precoce de sua vida, abruptamente interrompida com a queda do avião (que vitimou também seu tio, seu produtor, o piloto e o copiloto). Padre Fábio de Melo resumiu: “não é só uma voz que se cala; é uma filha que se foi, é uma mãe que não volta. Quantos morrem naquela que morre?”
Rosa, com sua prerrogativa de ministra do STF, suspendeu, em medida liminar – a pedido do PSOL, PSB e Cidadania -, as espúrias “emendas de relator”. Botou um freio no escandaloso “orçamento paralelo”, com o qual Lira, o Centrão e o governo Bolsonaro barganham apoio no Congresso e alimentam uma máquina de comprar votos com dinheiro público. Só este ano elas somam R$ 16,8 bilhões!!! São gastos sem qualquer transparência, destinados a parlamentares ocultos que a cúpula do Legislativo e os ministérios resolverem “contemplar”.
Em campos tão diferentes, e, agora, em planos também tão distintos, Marília Mendonça, pelo seu cancioneiro popular, e Rosa Weber, por fazer justiça e defender a economia popular, mostram que o Brasil onde a mulher é “objeto de cama e mesa” perde força.
Em meio a tantas e tão doídas perdas há sinais de esperança. Aos trancos, lágrimas, alguns motivos de alegria e barrancos, seguimos!