TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL DO BRASIL: quem mentiu (e com isso ganhou eleição), mentiu; quem mentir de novo, ano que vem (e ganhar), não vai levar. Tipo repreensão de avô condescendente: “muito feio o que vocês fizeram! Passou, mas da próxima vez…”
A alegação é a de que têm convicções, mas não provas de que as milhares de fake news da campanha Bolsonaro-Mourão, em 2018, interferiram no resultado das eleições… “Kit gay”, “mamadeira de piroca”, “comunismo que vai desapropriar tudo”, “bandidos soltos e igrejas fechadas”, “caos econômico” etc. (E o propagador-vencedor fugindo de todos os debates esclarecedores).
Foi pedida a quebra do sigilo telemático, oitiva de testemunhas e outros meios de prova, mas o TSE não quis apurar e o processo se arrastou. Chegamos ao último ano de governo, pra que incomodar? Na Câmara, a gaveta de Lira nem fecha, de tantos pedidos de impachment. Mas ele não manda sequer tirar a poeira. É o “status quo”, o “establishment”, isto é, a (des)ordem dominante.
Consolemo-nos com esse “em 2022 não será assim”? Melhor confiar desconfiando. E denunciar desde já: “tratamento precoce”, “cloroquina”, “vacina facilita a Aids”, “voto eletrônico não auditável e fraudável”, “inflação é culpa do mundo”, “nunca houve tanto cuidado ambiental”. Mentiras pelo canal oficial!