MAIS SERVIR DO QUE SER SERVIDO (Breve reflexão para crentes ou não)

A regra do mundo de hoje é “se dar bem”, “levar vantagem em tudo”. A aspiração a que somos induzidos constantemente é a do poder, do prestígio, do reconhecimento público. Por isso veneramos as “celebridades”. Mata-se e morre-se por dinheiro, envenena-se o planeta por cobiça.

Na Palestina sob o domínio do Império Romano, no tempo de Jesus, também era assim. A ponto de entre os próprios discípulos do “Rabi da Galiléia” haver competição e ânsia de projeção. Relata o evangelista Marcos (10, 35-45), na passagem lida em milhares de comunidades cristãs nesse domingo, que Tiago e João pedem a Jesus que lhes reserve “um lugar na Glória”. Uma espécie de “pistolão” divino, de privilégio, de espaço garantido no Trono Eterno…

Jesus, como de costume, é contundente e pedagógico: lembra que não há conquista sem trabalho, sem sofrimento, sem luta. E que não cabem desejos de mando, de autorrealizaçâo individualista: “aqueles que se dizem governadores das nações têm poder sobre elas (…) mas, entre vocês, não deverá ser assim: quem quiser ser grande, deve tornar-se o servidor; quem quiser ser o primeiro, deve ser o servo de todos. (…) O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir”.

A grande revolução de que as sociedades carecem é essa: transformar o poder de dominação em poder de serviço. Trocar o afã de acúmulo de bens em vontade de comunhão, de realização do bem comum. Substituir “eu” imperante pelo “nós” libertador.

Uma linda canção do saudoso Fernando Brant (1946-2015) e de Beto Guedes reforça e alerta: “o medo de amar é o medo de ser/ livre para o que der e vier/ livre para sempre estar onde o justo estiver/ O medo de amar é o medo de ter/ de a todo momento escolher/ com acerto e precisão a melhor direção/(…) O medo de amar é não arriscar/ esperando que façam por nós/ o que é nosso dever: recusar o poder!”.

Assim seja e sejamos.

A alegria da produção rural na terra conquistada e cooperativada

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