Instituído pela ONU há quarenta anos, hoje é dia de refletir sobre a alimentação, esse bem essencial à vida. Dia de nos perguntarmos:
– Que planeta é esse que, segundo Gandhi (1869-1948), “produz alimento suficiente para todas as necessidades humanas, mas não para a cobiça de alguns”?
– Que país é esse que, com tão rica biodiversidade e tantas terras férteis, deixa 19 milhões de seus filhos passando fome, sendo um dos cinco maiores exportadores de produtos agrícolas?
– Que sociedade paradoxal criamos, onde uns fazem regime e ingerem remédios para tirar o apetite e emagrecer e outros, muitos, não têm o que comer?
– Por que motivo muitos dos/as que trabalham na lavoura não ganham o suficiente para se alimentar do que cultivam?- Está certo o descarte de alguns ricos esbanjadores ser o pão de cada dia de tantos miseráveis?
Papa Francisco alerta: “Jogar comida fora é como roubar dos que são pobres e têm fome”.
O alimento mais saudável é aquele que compartilhamos. Sem a gordura do egoísmo, o agrotóxico da fartura desmedida e os enlatados da falta de consciência de um mundo no qual 3 bilhões de pessoas estão na insegurança alimentar.
O alimento mais nutritivo é o que vem da farinha integral da solidariedade, do pão que é comunhão.
Trabalhadores do café – Cândido Portinari (1903 – 1962).