O capitão manda – ordenando os piores desatinos – e seu ministério acocorado obedece, sempre. Gente despersonalizada, descerebrada, agarrada ao poder como craca ao casco do navio (que afunda). Está nos atos e na vida. Sai nos jornais, todo dia.
O ministro da Saúde, Queiroga, que agora admite que pode não incluir a “vacina chinesa” na imunização do ano que vem, aceita empurrar com a barriga a reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), pois ela analisaria um relatório que não recomenda o “kit Covid” – com uso de medicamentos ineficazes. Que droga, Queiroga! Tudo pelo cargo! Rasga até seu diploma de médico… Recomendo o artigo de Carlos Andreazza, “Entrar e então morrer” (O Globo, 12/10/21).
Já o “Posto Ipiranga” desabastecido, Paulo Guedes, junta incompetência (até para a pauta ultraneoliberal que defende) com subserviência. Quando Gustavo Bebianno, seu amigo, faleceu, Bolsonaro o proibiu de se manifestar e Guedes, sempre tão loquaz, se calou. Suporta o “inferno” de ter virado “pinguim de geladeira” (como o classifica Elio Gaspari), refugiando-se nos investimentos milionários e ilegítimos em paraísos fiscais…
Por fim – mas não é o último – tem o astronauta da Ciência e Tecnologia. Marcos Pontes disse que ficou “muito chateado” com a perda de R$ 600 milhões para a pasta – um desmonte definitivo para a pesquisa e bolsas de estudo. “Falta de consideração”, completou. Consideração que nunca lhe falta na bajulação do chefe. Como, ontem, em Aparecida. Pontes já foi em nave russa aos espaços siderais, mas abre mão de qualquer elevação moral para ficar agarrado à sua cadeira inoperante. Bernardo Mello Franco é definitivo, em seu “O teatro do astronauta”, publicado hoje em O Globo.
O “sinistrério” de Bolsonaro é um festival de nulidades. Até nisso é fiel ao “mi(n)to”.