E lá se foi Bolsonaro, com Michelle, seu filho Zero alguma coisa – aquele que queria ser embaixador nos EUA – e grande comitiva para Nova York, onde falará na Assembleia Geral da ONU.
Ele gosta de alardear que não se vacinou. Aos olhos do mundo, essa arrogância da ignorância soa como estupidez (a OMS é vinculada às Nações Unidas). No recinto da ONU Bolsonaro poderá entrar, mas em muitos outros lugares de NY ficaria impedido. As regras sanitárias lá valem para todos.
O capitão disse que fará uma fala “tranquila”, mas que também “dirá algumas verdades”. Ou seja, virão mentiras: sobre o combate à pandemia (em breve seremos, tragicamente, 600 mil famílias enlutadas!), sobre o “marco temporal” para definição de terras indígenas, sobre a nossa biodiversidade (Amazônia e cerrado em chamas, crise hídroenergética às portas, desproteção ambiental como política de governo), sobre a economia (travada e com inflação galopante), sobre a nossa penosa realidade social (15 milhões de desempregados, 19 milhões de famintos; crescimento do número de miseráveis e de… bilionários!).
Mesmo com discurso lido, previamente preparado – como a carta “de moderação” que Michel Temer deu para ele – é certo que virão afirmações enganosas e falseamento da realidade. Bolsonaro só opera na realidade paralela.
Estaremos atentos. Sua Excrescência será a “voz do Brasil” oficial do momento. Mas o Brasil real, que clama e roga por justiça e dias melhores, fará o contraponto. “Aqui existe um povo que cultiva a qualidade de ser mais sábio que quem o quer governar” (Fernando Brant).
Amarildo antevê