A BURGUESIA QUE (ESCA)FEDE!

Paulo Skaf, chefão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), se escafedeu. Recuou, fugiu, “adiou” o lançamento de um manifesto, endossado por mais de 200 entidades empresariais. A carta era uma amenidade só, falava de uma genérica e doce “harmonia entre os Poderes” – como se os ataques e a desarmonia não viessem do Executivo golpista obsessivo.

Arthur Lira, do Centrão, entrou em ação. Banco do Brasil e Caixa Econômica ameaçaram deixar a Febraban, que também assinaria o “bilhetinho amoroso”. Eduardo Eugênio, presidente perpétuo da Firjan, disse que o texto era “um ato político” – como se tudo na vida não tivesse uma dimensão política.

Enfim, a burguesia, que na história do século XX apoiou a ascensão do nazifascismo e, no Brasil, golpes de estado e a subida de Bolsonaro, anda incomodada mas preferiu se calar. Vergonhosamente se acocora diante das pressões do governo autoritário!

Nem toda ela, ainda bem. Alguns setores do agronegócio, menos atrasados, alertam para “risco de retrocesso institucional”. A postura negacionista e predatória do (des)governo Bolsonaro, com péssima imagem no exterior, já afeta até as exportações.

A mídia grande quase não destacou, mas nesse cenário de manifesto pra lá (“renegado”) e pra cá, o mais importante foi o das Centrais Sindicais, que deu nome aos bois e denunciou a boiada que pisoteia os direitos do povo: o grande responsável pela crise, que tira comida do prato e retarda a vacina no braço, chama-se Jair Bolsonaro. “É urgente resgatar o Brasil para os brasileiros: o país não pode ficar a mercê das ideias insanas de uma pessoa que já demonstrou total incapacidade política e administrativa, e total insensibilidade social”.

O Mi(n)Tosco quer fazer da data nacional do 7 de setembro um dia todo “seu”, com sua horda atacando a Constituição. Terá um contraponto (como a Justiça já garantiu em SP): em muitas cidades do país, sempre bem distantes – geográfica e politicamente – dos bolsocrentes: o 27º “Grito dos Excluídos” exaltará a histórica luta pela verdadeira independência, que é soberania nacional, democracia e justiça social. Em vez de fuzil na mão, queremos feijão, emprego e educação! #ForaBolsonaro#gritodosexcluidos

Compartilhe:

Facebook
WhatsApp
Twitter
Telegram
Email

Leia também:

São Pedro e São Paulo - El Greco (1541-1614) A conversão de Paulo - Caravaggio (1571-1610)

PEDRO, PAULO E NÓS

Neste domingo celebra-se a festa de São Pedro e São Paulo, apóstolos pilares do cristianismo.
Pedro e Paulo, tão diferentes. Pedro, rude e franco pescador. Paulo, estudioso escudeiro da lei judaica.
Pedro e Paulo, tão iguais: um nega Cristo três vezes, outro persegue centenas de cristãos.

Cristo na tempestade no Mar da Galiléia (por Rembrandt van Rijn)

SERENIDADE NA TORMENTA

O Evangelho lido hoje em milhares de comunidades de fé do mundo (Marcos 4, 35-41) mostra um Jesus “zen”, leve em meio ao peso do mundo. Dormindo na frágil embarcação sobre ondas revoltas.
Lição de vida nesse universo de temores, incertezas e ansiedades em que navegamos.

Fotos de Eduardo Ribeiro (horta em Santa Rosa de Viterbo/SP) e Igor Amaro (praça em Angra dos Reis/RJ)

SER SEMENTE, SOMENTE

Como Jesus explicava bem as coisas! No evangelho lido neste domingo em milhares de comunidades de fé pelo mundo (Marcos, 4, 26-34), o Mestre usa comparações bem compreensíveis (parábolas) para a multidão que queria ouví-lo.

Rolar para cima