A velha política, movida a grana alta, persiste, “renovada”. Está formada uma maioria no Congresso Nacional – apoiada pelo Centrão bolsonarista e até setores eventualmente de oposição – com o fim de aumentar para no mínimo R$ 4 bi do Fundo Eleitoral nas eleições do ano que vem. Isso vai bem além do reajuste pela inflação do que foi destinado para as eleições nacionais de 2018 (R$ 1,7 bi). Mais de 50% de “reajuste”!!!
O que continua sendo o padrão cada disputa eleitoral no Brasil é a compra de apoios e votos, a ‘fidelização” ($$$) do eleitorado, a demagogia, a locomoção em carros de luxo e jatinhos, o marketing farsante. E, de uns tempos para cá, a engrenagem de fakenews da internet. A politicagem sai caro!
Já ideias, causas e propostas – a essência da Política – pedem boa palavra, escuta, estímulo à cidadania ativa e sola de sapato. Dá trabalho, mas não exige bilhões (divididos muito desigualmente entre as legendas, diga-se, com os grandes partidos – quase todos de estatura moral pequeníssima – ficando com a “parte do leão”).
Esse aumento do Fundão seria um escárnio à população de um país com tantas carências básicas. O Bolsa Família, por exemplo, que o governo rebatizou, por razões eleitoreiras, para Auxílio Brasil, ainda não tem definição de valor nem previsão no Orçamento de 2022… A única alteração certa é a do valor da definição da linha da extrema pobreza, que irá de R$ 89 por pessoa para… R$ 93, e a da pobreza, de R$ 178 para R$ 186. Míseros 4,5%!