DOENDO NO CORPO, NA ALMA, NO BOLSO…

20 de agosto de 2021: o Brasil vive uma das crises mais profundas da sua História. Os dados são do IBGE/Banco Mundial: éramos 51 milhões de pobres em 2019 – com renda de R$ 436/mês. De lá pra cá, isso só aumentou. São mais de 14 milhões vivendo na pobreza extrema. A população em situação de rua triplicou.

A tragédia sanitária já enlutou 573 mil famílias e a variante Delta do coronavírus está em expansão, contando com a irresponsabilidade de governantes e setores da população (vide a aglomeração desmascarada no Mineirão, para o jogo Atlético x River Plate).

A economia real está no buraco, com inflação, desemprego e subemprego. A fome voltou ao terrível patamar de 20 anos atrás. Em média, os R$ 348/mês necessários para a alimentação básica de uma pessoa estão reduzidos, hoje, a R$ 219. Carne e frutas se tornaram gêneros de luxo na mesa de pelo menos 41% do/as brasileiro/as. 50% dos que têm contas a pagar estão em atraso.

A economia financeira, “bolha” em que só uma parcela minoritária chega, derrapa e afeta a todo/as: o dólar a R$ 5,42 (!!!) aumenta o preço do trigo e chega ao pãozinho de cada dia. A crise de confiança, provocada pelo governo destrambelhado, afugenta investimentos, em índices bem maiores que países similares ao nosso como Chile, México, Colômbia, Índia e África do Sul.

A crise ambiental, com o maior desmatamento dos últimos 30 anos no país e o aquecimento global, cobra seu preço. Com a persistente seca, os recursos hídricos se esgotam, os reservatórios de água chegam ao limite. Ainda assim, o desperdício de energia e água no consumo individual (falta de consciência coletiva) e em vários órgãos públicos continua.

E tem a crise política, que Bolsonaro faz questão de alimentar todo dia, com sua obsessão golpista e seu extremismo de direita, que ameaça nossa frágil democracia. O vírus do autoritarismo, que pensávamos controlado, também está em expansão.

Diante desse quadro, o que fazer? Resistir: insistir, persistir, não desistir. Esse pedaço de planeta tem um potencial incrível, uma diversidade rara e muitos “focos” de experiências bonitas, cooperativadas, solidárias, inteligentes e criativas. Apesar de tudo, ainda dá pra fazer dessa vergonha uma Nação. Depende de cada um de nós!

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