Bolsonaro confirmou Ciro Nogueira (PP/Piauí) – chefe fisiológico, “discípulo” de Severino Cavalcanti e com vários processos no STF – como homem forte do seu governo. Entrega-se despudoradamente ao Centrão, de onde agora diz ser originário – o que é verdade, mas ele escondeu na eleição.
O primeiro ato desse desgoverno “sob nova (e velhíssima, carcomida e corrompida) administração” será, negociando com líderes da politicalha congressual, o aumento em 50% do Fundão Eleitoral. Já que essa gente faz campanha à base de milhões, e não de ideias e causas. O poder dissolvente do dinheiro toma conta de vez de um governo decadente.
O governo que pretende garantir R$ 4 bi para esse Fundão espúrio, para ficar “bem” com o Parlamento (e conter a tramitação de pedidos de impeachment), é o mesmo que vetou R$ 3,5 bi para a internet dos alunos pobres.
E é o mesmo – Pai da Mentira e Senhor da Morte – que segue a trilha sinistra: vetou o PL que obrigava os Planos de Saúde a cobrirem gastos com medicamentos de uso domiciliar e oral contra o câncer, registrados na Anvisa. Alegou, acreditem, que isso afetaria “a segurança jurídica” dos Planos privados e “comprometeria a sustentabilidade do mercado”.
É o horror. Mas não há mal que dure sempre. Por mais que, há dias, Bolsonaro, ministros e filho tenham recebido efusivamente uma certa deputada Beatrix, do partido de extrema-direita alemão que minimiza o Holocausto e prega o ódio aos estrangeiros, os neonazistas e neofascistas não prevalecerão!