ROUBA, DEIXA ROUBAR E PERSEGUE QUEM DENUNCIA O ROUBO?

Senhores feudais e monarcas absolutistas, ao receber mensagens ruins, costumavam prender ou matar os mensageiros.

Nos tempos de retrocesso medieval que vivemos, Bolsonaro e seu preposto, Onyx, anunciam procedimento administrativo disciplinar contra Ricardo Fernandes Miranda. Trata-se do servidor do Ministério da Saúde que denunciou ao presidente pressões e maquinações para compra superfaturada e ilegal de vacinas da empresa indiana Covaxin.

Uma clara operação abafa, mas não só: operação degola, coação, intimidação!

Sim, esse deputado – bolsonarista de frequentar palácio – Luís Miranda (DEM/DF), irmão do funcionário denunciante, não é flor que se cheire. Como tantos que, ao longo da nossa história recente, revelaram esquemas corruptos. Como diz a jornalista Malu Gaspar, “denúncias de corrupção nunca saem de conventos”. O histórico de quem revela bandalha não anula a denúncia, que precisa ser rigorosamente apurada.

Para desviar o foco do novo escândalo, Salles, o desmatador, caiu: “madeiraaaaa!”. Mas seu substituto, um certo Joaquim Leite, já estava na pasta desde 2019 e foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira por 20 anos. Troca-se seis por meia dúzia. “Sai o operador, fica o mandante”, afirma Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente.

No Congresso, está em curso um lento genocídio dos povos nativos: a CCJ aprovou um PL inconstitucional, que abre as terras indígenas a todo tipo de exploração e praticamente inviabiliza novas demarcações.

Até 2018, o desmatamento em áreas indígenas correspondia a apenas 1% do desmatamento total no país. Em 2020 ele já chegava a 5% – ação de grileiros, madeireiros, garimpeiros.

A maior ‘realização” do governo Bolsonaro é a devastação do Brasil. Tem que acabar!

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