Ministro é de Estado, isto é, responsável pelas políticas PÚBLICAS de sua área. Ministro despacha, isto é, resolve, tendo em vista o interesse público, o que se refere à sua pasta. Em tese.
Bolsonaro “inovou” – regredindo – até nisso. Além de ministros cúmplices de falcatruas (o da madeira ilegal, os do ‘orçamento oculto’), dos inoperantes (alguém aí sabe do da Educação, do astronauta, e tantos outros?), tem também os ministros que não se dão ao respeito, são meros serviçais do capitão.
Cadê o da Defesa, Braga Netto, que bloqueou, por ordem do chefe, notícias sobre o procedimento disciplinar contra o general ainda da ativa Pazuello, que descumpriu descarada e desmascaradamente o Estatuto das Forças Armas e o Regimento Disciplinar do Exército? Agora vale tudo, inclusive não informar ao distinto público de nada? Intervencionismo militar a conta gotas?
Cadê o da Saúde, tão falante, que explica a demissão da qualificada infectologista Luana Queiroz – que não ficou 10 dias no cargo de Secretária Extraordinária para combate à Covid ! – por ter “adequação técnica mas não ter adequação política”? Veto do chefe por ela seguir a Ciência e não as ordens negacionistas e neocurandeiristas do governo?
Menos mal que Pazuello, Queiroga, de novo, e Luana irão à CPI. Pode ser que a verdade aflore, ao menos da parte da Luana. E os acocorados, os capachos, os sem convicções e vértebra, que fazem essa política de morte, ficarão expostos.