Daqui a exatamente um mês completaremos 53 anos da histórica Passeata dos 100 mil. Foi uma gigantesca manifestação contra a Ditadura, liderada pelos estudantes, que percorreu o Centro do Rio, partindo da Cinelândia.
Até o governo militar, totalitário e repressivo, ficou espantado e segurou, momentaneamente, seu aparato de dispersão, violência e prisões. O clamor das ruas contra o regime se agigantou, quatro anos depois do golpe empresarial-militar.
Passado mais de meio século, os arreganhos do autoritarismo e do neofascismo estão de volta, agora respaldados pelo voto popular. É preciso resistir, denunciar, mobilizar. E derrotar os senhores das trevas, que arrasam o Brasil!
Os velhos participantes da Passeata dos Cem Mil – estou entre eles – que sabem que “os sonhos não envelhecem”, estão se articulando através da Página https://www.facebook.com/geracao68semprenaluta/ . Conversamos sobre modos e meios de relembrar ativamente aquele momento histórico. O 26 de junho deste ano cai num sábado.
Está também circulando um belo Manifesto, “Geração 68 Sempre na Luta”. Já tem 1.134 assinaturas, daquele/as que estiveram nas mobilizações de 1968. Chega lá!
Acreditamos, com José Saramago (1922-2010), que “somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos. Sem responsabilidade talvez não mereçamos existir”.
Foto: Vladimir Palmeira falando na concentração na Cinelândia, 26/6/1968Foto do grande e querido Evandro Teixeira