A corrupção é pandêmica e histórica no Brasil. Muita gente, iludida, votou em Bolsonaro julgando que ele era, além de “imbroxável, incomível e imorrível” (como pateticamente se autodeclara), incorruptível.
Sua própria trajetória na vida pública não confirma isso. Duvida? Veja o que acontece AGORA:
– uma operação da PF determinada pelo STF investiga exportação ilegal de madeira para os EUA e Europa, tendo o ministro Salles no centro. Seu sigilo bancário e fiscal foi quebrado. Dez servidores públicos do Ministério do Meio Ambiente e outros órgãos foram afastados, entre eles o presidente do Ibama. Há 35 mandados de busca e apreensão, inclusive nos escritórios do ministro (um ele montou no… Pará!). Nunca grileiros, garimpeiros e grandes mineradoras e madeireiras tiveram tanta facilidade para matar e desmatar. Mas, como diz o jornalista Bernardo Mello Franco, “a boiada do Salles está sendo laçada”;
– Apura-se o escandaloso “Orçamento Paralelo”, que em 2020 consumiu, “por fora” e sem transparência, R$ 20 bilhões de recursos públicos para obras e equipamentos (muitos com superfaturamento de até 258%), indicadas em 90% por parlamentares da base governista (MDB, PSD, DEM, PP, REPUBLICANOS). Nos anos 90, eram os “anões do Orçamento”. Agora são os gigantes…
– Boa parte dos governadores acusados de desvios nos recursos federais para o combate à Covid foi eleita na onda bolsonarista e mantém estreitas relações com o governo central. Que tudo e todos sejam investigados! No Ministério da Saúde, montou-se um esquema de R$ 30 milhões para, em plena pandemia, se fazer reformas no prédio da pasta, no Centro do Rio, e em galpões para armazenar arquivos. Firmas aparentemente de fachada foram autorizadas pelo coronel Divério (colocado por Pazuello na superintendência do Rio) a fazer essas obras, sem licitação. Poltronas para um auditório sairiam a R$ 2.800 cada! A AGU suspendeu a tenebrosa transação.
Bata continência à verdade, general Pazuello!