A Câmara do Rio está cumprindo seu dever no caso do antidoutor e contravereador Jairo Souza Jr. Ontem a Justiça transformou sua prisão provisória em preventiva, além de torná-lo réu por tortura e homicídio triplamente qualificado, no caso do menino Henry.
Como prevê o Regimento Interno do Legislativo Municipal, ele está, afinal, com seu mandato suspenso e gabinete fechado. Não tem mais assessoria e todas as suas prerrogativas de parlamentar estão revogadas.
O relator do processo de cassação, vereador Luiz Ramos Filho, já o notificou, através da Secretaria de Administração Peninteciária. Ele terá 10 dias para apresentar defesa, se quiser. Depois disso, o Conselho de Ética (do qual sou membro) fará as oitivas necessárias e em até 45 dias entregará suas conclusões, para o plenário decidir.
Tudo indica que esse acusado perderá seu mandato e será banido da vida pública. Não se pode naturalizar a “gangsterização” da representação, por mais que estejamos em tempos absurdos da “República das Milícias”…
Já em Brasília, a pastora (?) e deputada federal Flordelis, também acusada de homicídio (contra o próprio marido e “sócio”), com indícios e provas robustas, segue exercendo plenamente seu mandato. Ainda que com tornozeleira eletrônica, continua debatendo, votando (entusiasmou-se com a eleição de Artur Lira, do Centrão, para a presidência da Câmara dos Deputados) e até planejando candidatura para o ano que vem…
Essa situação só degenera a credibilidade da política, já tão rebaixada.