A política de morte também atinge o ensino superior público no Brasil.
Os números do estrangulamento são evidentes: os recursos orçamentários para as universidades federais, este ano (R$ 2,5 bi) são os mesmos de 2004 (corrigidos pela inflação) – iguais há 17 anos, portanto!
Só que, à época, eram 51 instituições de ensino superior e 574 mil alunos. Hoje são 69, com 1,3 milhão de estudantes.
Quase todos os reitore(a)s apontam a perspectiva de fechamento das suas unidades, já em meados desse ano, sem verbas para pagar água, luz, limpeza, internet, segurança, bolsas, reformas dos prédios… As universidades federais só têm sobrevivido por causa do funcionamento remoto, não presencial.
“Hospitais e pesquisas, inclusive para produção de vacina para a Covid, sofrerão interrupção em junho”, alerta Denise Pires, reitora da UFRJ.
Edward Madureira, reitor da Universidade Federal de Goiás, denuncia: “cortaram quase R$ 180 mil para assistência estudantil. Como muitos dos nossos alunos são de baixa renda, reduzir recursos para alimentação e moradia significa mandá-los embora da Universidade”.
Asfixiar financeiramente a Universidade Pública produz morte cultural, científica, econômica e social. É crime oficial dos que precisam da ignorância e da desqualificação profissional para continuar mandando.
No MEC, sucedem-se ministros (?) terraplanistas e privatistas, submissos ou omissos. Inimigos da Educação.
Denunciemos, resistamos!
Foto: Manifestação contra cortes na Educação, em 2018. Luto e luta!