Sem ele, não nos alimentaríamos.
Sem ela, não nos vestiríamos.
Sem ele, não teríamos um teto para nos abrigar.
Sem ela, não teríamos como nos locomover por grandes distâncias.
Sem eles e elas, não existiriam ruas e cidades.
Sem elas e eles, não saberíamos ler e escrever.
Sem eles e elas, não teríamos as curas para doenças.
Sem elas e eles, nos sufocaríamos em lixo.
Sem ele, sequer daríamos um destino digno aos nossos mortos.
Sem ela, não teríamos as artes, que iluminam o cinzento da vida.
Sem eles e elas não estaria aqui, nesse amanhecer, escrevendo e podendo enviar essa mensagem. Para vivermos, dependemos do TRABALHO de muitos, de milhões.
TRABALHO É DIREITO, devia ter para tod@s (no Brasil, há 14,4% de desempregados, 6% de desalentados, que já nem procuram, e 1/3 de precarizados!). Trabalho vem de “tripallium”, instrumento de tortura do Império Romano, mas devia ser prazer criativo.
O 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, relembra que o que cria bens e riquezas, materiais e imateriais, é o TRABALHO, não o Capital.
É inaceitável que os produtores de objetos, ideias e serviços – que servem para melhorar a existência humana – sejam deles privados. Como o “pedreiro Valdemar, que construiu tantas casas e não tem uma pra morar”.
O 1º de Maio remonta a 1886, quando os trabalhadore/as de Chicago (EUA) iniciaram uma grande greve contra as jornadas de trabalho de 14 horas e contra os salários aviltantes. Foram duramente reprimidos, com dezenas de operários mortos. Hoje esse dia é relembrado em muitos países do mundo. Exceto nos EUA…
Prossegue a luta por uma sociedade onde os valores do trabalho sejam os mais marcantes, e não os do lucro, da acumulação, do egoísmo industrializado.
Seguiremos no sonho de ver “o virador desse mundo, astuto, mau e ladrão, ser virado pelo mundo, que virou com certidão: ainda viro esse mundo em festa, trabalho e pão!” (Gil)
Charles Auston, pintor afroamericano contemporâneo