POR UMA “VIDA MELHOR” (?), UMA ROTINA DE AGRESSÕES QUE CULMINA EM MORTE!

Era tudo mentira. Monique Medeiros, mãe do menino Henry, escreveu uma carta a seus novos advogados onde nega o próprio depoimento dado no inquérito que investiga a morte de seu filho. Ela redigiu as 29 páginas 17 dias após estar presa.

Pouco mais de duas relatam agressões (“bandas” e “mocas”) sofridas pela criança por parte do ainda vereador Jairo Souza Jr. E a noite terrível em que o menino morreu: “estava dormindo, pois Jairinho tinha me dado remédios que ele toma, e fui acordada por ele, que dizia que Henry estava ‘respirando mal’. Corri para o quarto, e vi meu filho de boca aberta, olhos olhando para o nada, mãos e pés gelados. Fomos para a emergência”.

Monique nada descreve sobre o que se sucedeu, no hospital e nos dias seguintes à tragédia. “Ela continua escrevendo”, afirmam seus advogados.

Monique garante que, ao contrário da “relação amorosa”, “sem brigas”, que destacou no seu depoimento na 16ª DP, sua convivência com Jairo Jr era conflituosa, marcada por agressões, “ciúme doentio”, ameaças e medo. “Tentava a todo custo me afastar, mas fui diversas vezes ameaçada, e minha família também”.

O delegado Henrique Damasceno, que preside o inquérito, não parece disposto a ouvir Monique novamente. Ela terá que passar a sua nova versão em Juízo.

O inquérito, a ser concluído por esses dias, com contundentes provas periciais, deve indiciar o casal por homicídio duplamente qualificado. Omissão de proteção também é crime.

Na Câmara Municipal do Rio, onde Jairo Souza Jr, apesar de preso desde 8 de abril, ainda mantém o mandato, o Conselho de Ética se reúne hoje para decidir sobre uma Representação contra ele. A opinião predominante é a de que o decoro parlamentar foi quebrado, inclusive também por abuso de poder e tráfico de influência. Esse comportamento criminoso e violento, se confirmado, o torna indigno de exercer o mandato recebido da população.

PARA NÃO ESQUECER: os meninos Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre Silva, de 10, e Fernando Henrique, de 11, de Belford Roxo, continuam desaparecidos, desde 27 de dezembro do ano passado. As investigações não avançam. A dor dos mais pobres não sai no jornal…

Denuncie abusos contra crianças e adolescentes. Disque 100. Procure o Conselho Tutelar de sua região.

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