SOBRE PASTORES E LOBOS (Breve reflexão para pessoas religiosas ou não)

Nesse domingo, milhões de cristã(o)s no mundo ouvem uma passagem do evangelho de João (10, 11-18) que é quase uma fábula de lobo e cordeiro.

Jesus fala sobre os bons pastores, aqueles identificados com seu “rebanho”, amorosos, disponíveis, que dão a vida pelos seus queridos. Não capitães, chefes, e sim guias que conhecem e são conhecidos. Vozes de ternura, não de mando e medo.

Jesus alerta sobre os falsos pastores, mercenários, que “só trabalham por dinheiro”. Fogem quando o lobo chega, abandonando suas ovelhas. Na verdade, são o próprio lobo, ou ao menos vestem a pele deles… Quantas igrejas abrigam esses exploradores da boa fé do povo!

O Nazareno, para desconforto e raiva das autoridades religiosas e políticas de seu tempo, afirma, contra todos os arraigados preconceitos, que acolhe também “outras ovelhas que não são deste aprisco, fora deste curral”. Fora das cercas do preconceito e do ódio ao diferente, rumo à terra livre!

Sabedor do incômodo de sua fala, e das tramas para sua morte, Jesus afirma a liberdade: “ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente”.

No nosso tempo, de tantos ladrões da fé sincera das gentes, de conluio de “lobos-pastores” com o poder opressor, discriminador e propagador de doenças, a postura de fé tem que ser, sempre, de anúncio e denúncia. De entrega e união com tod@s os fragilizados, ameaçados em seu direito à vida.

Aldir Blanc (um ano sem ele, pela Covid, em maio: saudades!) e João Bosco, em sua canção inaugural, ‘Agnus Sei’, versejaram: “Mas, ovelha negra, me desgarrei, e o meu pastor não sabe que eu sei da arma oculta na sua mão”.

Saibamos! Caminhemos por “verdes pastagens”, não devastadas, livres dos lobos vorazes da prepotência, do engano, da autossuficiência, da arrogância, do afã por riqueza e poder explorador.

Igreja Batista do Pinheiro – arteafrica

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