Por 7×2, o plenário do STF formou maioria e manteve a decisão da 2ª Turma: os ministros reconheceram a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro no processo do ex-presidente Lula. Portanto, seus julgamentos foram considerados suspeitos e estão anulados. A justiça tarda e falha, mas hoje ela foi feita.
Sabemos que a celeridade e o caráter tendencioso dos processos de Curitiba tinham um objetivo maior: tirar Lula da disputa eleitoral de 2018, na qual era favorito. Tapetão.
Moro deixou a necessária imparcialidade de juiz de lado para agir em defesa de interesses político-ideológicos. Moro usou a Lava Jato para promover um intercâmbio ilícito entre julgador e acusador e até orientou como os procuradores deviam proceder.
A Lava Jato induziu a população, constantemente, ao sentimento de antipolítica, fator que ajudou a alçar Bolsonaro ao poder.
Em seguida, Moro aceitou ser ministro de Bolsonaro, principal beneficiário de sua decisão de tirar Lula da disputa eleitoral. E, assim, escancarou a partidarização da Lava Jato.
Pode demorar, mas um dia a verdade se impõe. O lixo da História está reservado àqueles que vilipendiaram nossa já tão combalida democracia. Certos procedimentos da Lava Jato acabaram por fortalecer a corrupção sistêmica, que ela tanto alardeou combater.