Nos dois primeiros anos do (des)governo Bolsonaro, o porte de armas por civis cresceu mais de 100%. Talvez seja esse o único aspecto de “prosperidade” no pais: 542.412 novos registros de armas de fogo.
A Taurus teve o valor estimado de seu patrimônio médio com expressivo crescimento: de R$ 300 milhões para R$ 2 bilhões. Outros fabricantes de armas letais também estão “progredindo”.
Bolsonaro sempre proclamou seu desejo macabro: “quero armar o povo todo. Só o povo armado evita ditaduras”. O insano desconhece o princípio constitucional do monopólio do uso da força por determinados segmentos, como as Forças Armadas (que, aliás, interferem demais).
O armamentismo individual que o governo implementa, através de seguidos decretos (na 5a feira o Senado votará, afinal, sua revogação ou não) tem consequências terríveis:
– o Brasil já é o país que mais mata no mundo, em números absolutos;
– o roubo de armas, para abastecer milícias e traficantes de drogas ilícitas, é feito sobretudo em residências ou assaltos, e não contrabando; paióis de quartéis também são alvo de furtos, para pegar principalmente munição;
– a militarização do governo tem a ver com essa concepção armamentista: hoje há cerca de 5 mil oficiais em ministérios e estatais; o da Saúde foi transformado por Pazuello num quartel, com os resultados desastrosos que conhecemos; Queiroga, que o substitui, anda trocando 6 por meia dúzia, coronel por coronel…
– a cultura miliciana, da truculência e da morte, capturou o Estado e parte da sociedade civil: é vigilância e LSN sobre quem pensa diferente, é ameaça e violência contra adversários, é a arma em punho para “resolver” qualquer desavença, é o império do argumento da força contra a força dos argumentos
Nunca o Brasil viveu tamanho retrocesso civilizatório! Está bem atual a expressão de terna indignação do querido Henfil (1944-1988), na época da ditadura: “Amar os amigos, desarmar os inimigos!”
PÁTRIA AMADA: SALVE, SALVEMOS!
Duke alerta, no seu traço “diabólico”