Sim, há milhares de sem-teto. Só no Rio calcula-se que são 18 mil pessoas vivendo sob marquises: uma indignidade! Mas, para quem pode ficar em casa (e quem pode, deve), um poema atribuído à goiana CORA CORALINA (1889-1985), mas que é na verdade da gaúcha NENECA PARREIRA, mostra o caminho, com carinho:
Faz da tua casa uma festa!
Ouve música, canta, dança…
Faz da tua casa um templo!
Reza, ora, medita, pede, agradece…
Faz da tua casa uma escola!
Lê, escreve, desenha, pinta e borda (…) estuda, aprende, ensina.
Faz da tua casa uma loja!
Limpa, arruma, organiza, decora, muda de lugar, vende, separa para doar!
Faz da tua casa um restaurante!
Cozinha, prova, cria, cultiva uma horta (…), planta…
(…)
Enfim, faz da tua casa
Um local criativo de amor”
(Neneca Parreira, que, suponho, tb é admiradora de Cora, a “Aninha da Vila Boa de Goyás”)
PS: essas recomendações válidas para qualquer tipo de casa. Quem dá vida a elas são os que as habitam. As mais simples costumam ser as mais aconchegantes.
Cora, sempre sábia, usa máscara em frente à sua casa às margens do Rio Vermelho, na Cidade de Goiás