Hoje, no amanhecer, o rumor do trânsito não chegou forte por aqui. Esse quase silêncio é pela vida, pela saúde.
O vírus microscópico que matou, até agora, 303.462 pessoas no Brasil e 2,75 milhões no mundo, continua ativo, com mutações mais perigosas ainda. Sua expansão, entre nós, é a maior do planeta, favorecida pela postura omissa e homicida do (des)governo federal.
É por isso que nosso clamor não pode ter recesso, nem devemos silenciar. O caos no enfrentamento da pandemia no país é tão grande que até Artur Lira, o presidente da Câmara dos Deputados eleito com as “bençãos” (beijo da morte?) de Bolsonaro, apertou o “sinal amarelo”: “que as atuais anomalias se curem por si mesmas, frutos da autocrítica, do instinto de sobrevivência, da sabedoria, da inteligência emocional e da capacidade política. (…) Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos, todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes aplicados quando a espiral de erros toma escala geométrica incontrolável”.
O Centrão de Lira é pragmático: adere ao governo de plantão, mas quando ele começa a pisar muito na bola e perde apoio, logo o deixa na mão. Os 62 pedidos de impeachment subiram para a 1ª gaveta de presidente da Câmara (sempre disposto a se “acertar” com o Executivo, claro).
Pra agravar, o inepto Pazuello sai atirando, dizendo que caiu porque “a liderança política mandou uma relação de coisas pra gente atender e nós não atendemos. Carreata de gente pedindo dinheiro, todos queriam um pixulé…”.
Alguns chefes militares estão percebendo a roubada que foi entrar nesse governo autocrata, fisiológico, corrompido.
Já o vice Mourão, da administração que inviabiliza o imprescindível Censo (asfixiando o IBGE com corte brutal de recursos), diz que “o número de mortos no Brasil ultrapassou o limite do bom senso”. Qual seria o número “sensato” de óbitos?
Tudo, todo dia, no Brasil de Bolsonaro, ultrapassa o limite do bom senso.
Pra não dizer que não falei de flores: o Butantan anuncia o desenvolvimento de uma vacina inteiramente brasileira (sem um centavo federal)! Viva a pesquisa pública, viva a Ciência nacional!
Aroeira, arte que desmascara