SOMOS 301.087 MORTOS!

Somos. Somos, não “são”. Toda morte precoce é um pouquinho a nossa morte. Diante da perda irreparável, ninguém pode ser indiferente (só psicopatas dizem “e daí?” frente ao luto do semelhante). Cada pessoa que morre, fora do processo natural do envelhecimento, torna a humanidade menor e nossa dor maior.

Pense em cada família enlutada, com seus planos de vida melhor, com os abraços de aniversários, Natal, Ano Novo e Páscoa que esperavam dar em quem agora está numa cova rasa. Aquele amado que não pode ter uma mão amiga afagando na hora do sofrimento, aquela querida para quem não se pode sequer fazer a cerimônia do adeus…

É muito cruel tudo isso. E essa crueldade, no nível aterrorizante a que chegou, tem seus responsáveis. São os insensíveis que fugiram de seu dever constitucional e federal de coordenar as ações no Brasil e ouvir a Ciência, e planejar uma vacinação em massa, e insistir na máscara, no isolamento, na educação do povo. Fizeram o contrário, apostaram na “imunização de rebanho” (“alastre-se o vírus!”) e merecem sim a qualificação de genocidas!

Somos mais de 300 mil mortos e ainda temos que conviver com os espertalhões, os individualistas descarados, como os ricos empresários do setor de transporte em Minas Gerais. Eles tomaram vacinas na clandestinidade, às escondidas – entre esses autocentrados, Clésio Andrade, ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional dos Transporte. Imunização privada, fora da lei. Para eles só vale a dos mais fortes, a mais “cumprida” no Brasil. Vergonha!!!

Em 1881 o biólogo francês Louis Couty, em visita ao país, sentenciou: “no Brasil não há povo”. Ele queria dizer que, naquele Império escravocrata, os mais explorados, a maioria, ainda não tinha se constituído como cidadania.

Passados 140 anos, em plena República, está na hora de nos erguermos como povo – ainda que sofridos e tão machucados – para dizer NÃO aos negacionistas assassinos da esperança. E para dizer SIM à Ciência, às ações coletivas e solidárias, à VIDA!

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