No Rio de Janeiro, o governador interino, da “linhagem” de Witzel e Bolsonaro, reluta em reconhecer a situação crítica da pandemia. E confronta os prefeitos da capital e de Niterói em suas decisões, corretas, de ampliar as restrições para evitar mais mortes pela Covid. Ontem ÉRAMOS 643 pessoas no estado aguardando vagas em UTIs – quase 200 só na cidade do Rio.
No país todo, CHEGAREMOS, até esse fim de semana, ainda em março, a 300 mil mortes. Hoje SOMOS 295.685 famílias enlutadas, sem contar as que já FALECEMOS nessa noite. Nas duas últimas semanas, um aumento médio de 45% dos óbitos! MORREMOS 2.259 pessoas por dia, 1º triste lugar no mundo! (México em 2º, com 475, Rússia com 414, Itália com 400, EUA com 100).
Ainda está muito lento o ritmo da vacinação: apenas 5,83% RECEBEMOS a 1ª dose, e 1,99% a 2ª, imprescindível (o cantor Agnaldo Timóteo foi internado por ter contraído o vírus poucos dias antes de ser imunizado com a 1a dose. Melhoras!). Nessa toada, só ESTAREMOS plenamente imunizados em 2 anos e meio…
E seguimos no caos federal total: o antiministro da Saúde Pazuello não sai enquanto Bolsonaro não arruma uma “colocação” para ele (cogita até criar um Ministério da Amazônia para o general!); o indicado Queiroga não assume, pois não se desvinculou de empresas privadas das quais é sócio (ele que, em 2000, foi denunciado ao MP por apropriação previdenciária indébita, segundo a revista Crusoé…)
Reparou que me referi aos que sofrem e aos que precisam de cuidados na 1ª pessoa do plural? É porque, na verdade, podia ser você, eu, qualquer um de NÓS. Estreitos nós: um conhecido, um amigo, um parente amado… É fundamental sentir a dor do outro na própria carne, para não nos DESUMANIZARMOS, como certas “autoridades” psicopatas e insensíveis e seus fanáticos apoiadores.
E para não nos desconstituírmos de vez como Nação. Santo Agostinho, no século V, já dizia que pátria “é uma reunião de pessoas unidas por um sentimento generoso de bem comum”.
Nossos servidores da Saúde em uma UPA do Nordeste