RENATINHO!

Ele, trabalhador ambulante, vendia paninhos nas esquinas de Icaraí. Mas nunca “passou pano” em situações de injustiça, de ataques ao direito de sobreviver.

Deficiente, cadeirante, sempre foi ágil na defesa dos Direitos Humanos, em especial dos mais frágeis, dos idosos. Sua liderança o levou a ser o primeiro vereador eleito pelo PSOL em Niterói. Foram cinco mandatos exercidos com dignidade, comprometido com os pequeninos, com o meio ambiente, com os animais.

Gezibaldo “Renatinho” Ribeiro de Freitas era um entusiasmado (que quer dizer “Deus dentro da gente”). Renatinho era um visionário, um “louco” no melhor sentido da palavra: ia contra a lógica dos “bem pensantes”, dos poderosos, dos com ideias arrumadinhas de manutenção da “ordem” reprodutora da desigualdade.

Sempre que nos encontrávamos, ele me encabulava: “Você é um abençoado!”, dizia. A benção era ter esse carinho derramado dele…

Renatinho era um parceiro, um sorridente amigo. Os obstáculos da vida, que foram muitos, ele enfrentou com galhardia. Inclusive esse, o derradeiro de sua presença no mundo: o vírus devastador da Covid.

Seu corpo guerreiro, abalado, e sua alma, triste com a situação do Brasil, resistiram o quanto puderam, mas a batalha final foi perdida. Renatinho suspirou, aos 68. Não queria, não devia, não podia!

Renato quer dizer “renascido”. Renatinho, agora na Paz e na Luz, renasce em cada um de nós que, honrando seu legado e dando forma de ação solidária à saudade, assumir as generosas causas a que se dedicou.

Viva Renatinho do PSOL, de Niterói, do mundo, de todos nós!

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