O fato mais importante – e trágico – do Brasil segue sendo a pandemia. Ela continua mortal e em expansão.
Sabe biruta de aeroporto, aquele saco que parece de caçar borboletas e fica hasteado, girando para onde o vento sopra? Pois é, no comando do país temos várias birutas.
Vejam o general da Saúde, que faz o que o capitão manda: há 20 dias programou e proclamou a distribuição de 46 milhões de doses da vacina contra a Covid para este mês, para todo o Brasil. Depois reviu a quantidade: 38 milhões. Depois baixou novamente: 30. E agora fala em 25 ou 28 milhões. Pazuello, um desastre, não acerta nem a data em que soube da crise de oxigênio em Manaus. E ainda dizem que o homem é craque em logística…
Vejam o capitão na presidência: desdenhou a vacina, disse que não tomaria, e bravateou contra as da Pfizer, recusando a compra antecipada de 70 milhões de imunizantes, ano passado – como era de bom senso fazer. Agora, no sufoco da queda de popularidade (e só por isso, não pelas 265 mil famílias brasileiras enlutadas e por quem mais vier a falecer dessa doença), participa diretamente de acertos com o laboratório, todo “educado”. Logo ele, que, estúpido como de costume, mandou governadores e prefeitos procurarem vacina “na casa da mãe”.
Enquanto isso, no Rio, 47% dos leitos de UTI da rede pública para Covid estão desativados, por falta de profissionais de saúde. Isso no estado que elegeu Witzel, que prometeu combate à corrupção e prioridade à Saúde e foi afastado acusado de corrupção na… Saúde! Isso no país de Bolsonaro, que sempre atacou violentamente o programa “Mais Médicos” e não valoriza ensino, pesquisa e Ciência. Pense nisso e não coma mais “gato por lebre”, caro(a) eleitor(a)!
Bolsonaro disse, ano passado, diante do aumento de mortos pelo coronavírus: “não sou coveiro”. É sim, dos pilares civilizatórios nacionais. Mas Sua Excrescência não vai matar nossa esperança.
Charge do Nando