Nós, mulheres que fazemos parte do mandato do vereador Chico Alencar, “invadimos” as redes sociais hoje para escrever sobre este 8 de março, comemorado mundialmente. Lembramos que o “Dia Internacional da Mulher” é todo dia. Se o feminino fosse responsável por cuidar do planeta, provavelmente estaríamos em um momento, do meio ambiente às relações humanas, bem diferente.
Lembramos que o feminino existe em homens e mulheres: é aquela nossa porção “melhor que trazemos em nós, agora”, como cantou Gilberto Gil, com quem Pepeu Gomes faz coro, pois “ser um homem feminino, não fere o nosso lado masculino”. Houve avanços, mas há ainda muito mais a ser conquistado.
No país de Tarsilas, Leilas, Marias da Penha, Zuzus, Elzas, Zildas, Ritas, Clarices, Marielles, Dandaras, Chiquinhas, entre tantas outras guerreiras, temos muito do que nos orgulhar. E mais ainda, pelo o que LUTAR!
Infelizmente, mulheres ainda são caladas, assassinadas, discriminadas no trabalho, não só quanto ao salário, mas principalmente na potência de suas vozes. Mulheres são feiticeiras, “bruxas ameaçadoras” lançadas, até hoje, às fogueiras do moralismo, do machismo, da misoginia, do patriarcalismo, simplesmente porque representam infinita potência. Mulheres são poderosas.
Os dados do feminicídio no Brasil são alarmantes: uma mulher é assassinada por homens a cada sete horas. E, a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada. O feminismo que necessitamos é o que destrua as estruturas opressoras da sociedade, é o que liberte a mulher negra da condição de marginalidade. Elas são as mais atingidas pelo desemprego, as que mais morrem nos partos, as que recebem o menor salário. O feminismo que necessitamos é o que impeça que um presidente da República se refira a qualquer uma de nós como “vagabunda”.
Histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher giram em torno do incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. O episódio marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20. A proposta de uma data especial celebrando a luta da mulher proletária foi feita por Clara Zetkin — dirigente do Partido Comunista da Alemanha e da Internacional — na Conferência de Mulheres Socialistas realizada em Copenhague (Dinamarca) em 1910.
Em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) firma acordo internacional com princípios de igualdade entre homens e mulheres. Na década de 60, o movimento feminista ganha força e, em 1977, o dia 8 de março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
Que hoje possamos festejar e cultivar o feminino em todos nós. O feminino no mundo, no cuidado e na reinvenção do planeta. A criatividade fértil, a bravura e a candura. Que possamos ter um mundo de mais sororidade, palavra que agora faz parte do dicionário, ao lado de empoderamento, entre tantas outras que refletem a força desta caminhada.
Este dia 8 de março é de luta, de avançar e ir além, contra todas as formas de injustiça, violência, discriminação e opressão. Parabéns por todos os dias!
Mulheres do mandato do vereador Chico Alencar