Militar é servidor público. Numa República, tem o monopólio do uso das armas de guerra, sob controle da vontade popular. Não pode, como acontece historicamente no Brasil (essa contínua marcha a ré pública), arvorar-se em ser o tutor da Nação. Não pode estar a soldo de interesses dominantes.As Forças Armadas foram recolocadas nas suas funções de não interferência na vida política do país pela luta democrática que culminou na Constituição de 1988. A alta cúpula militar mandou e desmandou durante o regime de arbítrio implantado pelo golpe empresarial-militar de 64, apoiado pelos EUA. Basta!Se um militar quiser ocupar função de mando, tire a farda, guarde a arma e venha para a disputa eleitoral, em condições de igualdade.O general Villas Bôas, depois do lançamento recente da sua biografia, em que revela interferência política sobre o Supremo para tirar Lula da disputa de 2018 (na qual também critica todos os movimentos sociais), ironizu a nota em que ministro Fachin condenou suas revelações e a prepotência militar. “Três anos depois…”, twittou o oficial reformado.Então tá, general. A cada manifestação golpista sua ou de seus pares, reagiremos de pronto – como vários de nós sempre fizemos: “Ditadura, tortura e censura nunca mais!”.
PEDRO, PAULO E NÓS
Neste domingo celebra-se a festa de São Pedro e São Paulo, apóstolos pilares do cristianismo.
Pedro e Paulo, tão diferentes. Pedro, rude e franco pescador. Paulo, estudioso escudeiro da lei judaica.
Pedro e Paulo, tão iguais: um nega Cristo três vezes, outro persegue centenas de cristãos.